Uma revolução na comunicação interna
Analisa Brum
HappyHouse Brasil
Com as oscilações constantes na economia brasileira, as empresas se veem obrigadas a promover reestruturações e realinhamento de metas e objetivos. Em meio a este cenário, a comunicação interna e o endomarketing, ganham cada vez mais espaço, lançando mão de inovações e estratégias que ampliam seu escopo de atuação e se traduzem em verdadeiras experiências para os envolvidos.
Hoje, para a especialista Analisa de Medeiros Brum, diretora presidente da HappyHouse Brasil, agência de Endomarketing, com sede em Porto Alegre (RS), referência no setor, um programa de treinamento, rico em vivências diferenciadas, pode ser entendido como uma ação de endomarketing. Isso à medida que promove conexão do empregado com a empresa, a marca, o engajamento em projetos. Resumindo o conceito, a executiva afirma que “endomarketing hoje é conexão, interface, experiência, o quanto a empresa consegue se conectar com as pessoas, por meio de canais de comunicação interna. O quanto o líder consegue estabelecer essa interface com as pessoas, representar a empresa perante sua equipe”, Analisa faz uma clara distinção entre motivação e engajamento, sendo este último mais pertinente às ações de endomarketing.“Na verdade, a empresa, em iniciativas isoladas, não consegue motivar seus funcionários. Pelo menos 50% da motivação é automotivação, depende de cada um. Então, o que evoluiu nos últimos anos é que se começou a falar muito mais em engajamento do que motivação”, revela.
Engajamento, prossegue, “é a medida que reflete a contribuição de uma pessoa, para o negócio, por meio do seu talento, da sua competência”. A partir daí, ainda segundo Analisa, as pessoas buscam experiências no sentido de crescer, de se desenvolver e melhorar essa entrega. É isso que faz os funcionários se engajarem hoje. Antigamente, as empresas davam brindes, porque achavam que isso motivava. Até motiva, mas momentaneamente.
No entanto, as empresas passaram a entender que precisam trabalhar conteúdo, experiência, que a pessoa tem que se sentir crescendo no ambiente de trabalho. Quando ela se enxerga importante, vai se engajar naquilo que a empresa propõe, nos seus programas, projetos, processos. Isso é o que a gente chama de experiência hoje, aquilo que a pessoa vai lembrar para sempre, o que contribui para sua vida”, destaca.
LIDERANÇA
O endomarketing hoje é uma realidade nas grandes corporações. “O Brasil está muito à frente de outros países, na prática, na criatividade, no envolvimento, no investimento. Existem casos de clientes nossos que são companhias globais. A gente desenvolve campanhas locais e a sede da empresa em outro país fica fascinada e acaba usando em nível global. É muito comum”, ressalta Analisa.
DIAGNÓSTICO
Na opinião da especialista, comunicação com funcionários existe em qualquer empresa. Mas algumas são malfeitas, usam práticas superficiais. Diante disso, ela recomenda às corporações que pretendem avançar nas ações de endomarketing que o correto é começar fazendo um diagnóstico. “É preciso levantar a percepção e o sentimento das pessoas sobre a forma como a empresa se comunica com elas. É importante saber como o empregado pensa, como se sente. Isso é conhecer o público interno. A partir desse diagnóstico, fazer um bom planejamento. O primeiro passo são canais oficiais de comunicação interna. O segundo é treinar líderes para que se comuniquem com suas equipes. Depois, pensar em campanhas, experiências. O alicerce é trabalhar conteúdo, informação”, aponta.
TRANSPARÊNCIA
